Os holandeses tiveram um papel muito importante na formação do Estado de Pernambuco (em outros países, Pernambuco seria denominado de “Província” em vez de “Estado”). Os holandeses lançaram as bases do desenvolvimento de Recife, a capital de Pernambuco. Ainda podem ser apreciadas obras de engenharia, de arquitetura e alguns traços linguísticos legados pelos flamengos.
Seguem abaixo algumas notas sobre a presença dos holandeses em Recife. Louvo-me do trabalho do Professor Aldemário Prazeres publicado recentemente no site da Liga Íbero Americana de Astronomia. Aldemário é pedagogo, astrônomo amador, membro da Academia Pernambucana de Ciências e ex-presidente da Associação Astronômica do Recife. Aldemário já foi citado neste blog como observador da ocultação de uma estrela pelo asteróide Varuna.
Seguem abaixo algumas notas sobre a presença dos holandeses em Recife. Louvo-me do trabalho do Professor Aldemário Prazeres publicado recentemente no site da Liga Íbero Americana de Astronomia. Aldemário é pedagogo, astrônomo amador, membro da Academia Pernambucana de Ciências e ex-presidente da Associação Astronômica do Recife. Aldemário já foi citado neste blog como observador da ocultação de uma estrela pelo asteróide Varuna.
Observe que o adjetivo "amador" aqui empregado não significa "menos competência que o profissional"; de modo algum. "Amador" significa, antes: "quem realiza algo por amor"; profissional, por sua vez, significa: "quem realiza algo para sustentar-se".
Motivados pela auspiciosa possibilidade de grandes lucros com a produção de açúcar, os holandeses tomaram Olinda, na época, capital de Pernambuco. Foi instalado em Recife, que à época possuia estrutura muito inscipiente, um conselho dos novos administradores, presidido por Johanes von Waalbeck. A gestão de Waalbeck mostrou-se ineficiente. Para reverter os prejuízos da missão flamenga, foi enviado em 1637 o novo administrador das terras dominadas pelos holandeses, o Conde Maurício de Nassau, filho do Conde de Nassau-Siegen.
Maurício havia sido educado nas melhores universidades holandesas e suíças. Havia, em sua familia uma paixão pelas ciências e pelas artes.
Prova disso é que Galileu Galilei, inventor do telescópio, enviou a nota abaixo a um cunhado de Maurício, Beneditto Lanuci em 29 de agosto de 1609:
"...Há quase dois meses espalharam-se notícias aqui (na Italia) que na Holanda tinham presenteado o Conde Maurício (de Nassau) com um pequeno telescópio (occhiale) através do qual um homem há duas milhas podia ser visto claramente...como pareceu que ele devia estar baseado na ciência da perspectiva, comecei a pensar acerca da sua construção, que finalmente consegui, e tão perfeitamente que um occhiale que fiz superou e muito a reputação daquele holandês"
A superação tecnológica do telescópio do grande Galileu não arrefeceu o gosto de Maurício pelas ciências, tanto que, se fez acompanhado, em sua viagem às terras pernambucanas, pelo astrônomo George Marcgrave. Marcgrave foi o primeiro astrônomo do mundo a observar o hemisfério celeste austral com uso de telescópio. Essas observações foram feitas na cidade de Recife. O pioneiro dessas observações astronômicas, porém não foi o único talento trazido por Nassau; os artistas Eckhout e Franz Post, o naturalista Willem Piso também acompanharam o competente administrador.
Motivados pela auspiciosa possibilidade de grandes lucros com a produção de açúcar, os holandeses tomaram Olinda, na época, capital de Pernambuco. Foi instalado em Recife, que à época possuia estrutura muito inscipiente, um conselho dos novos administradores, presidido por Johanes von Waalbeck. A gestão de Waalbeck mostrou-se ineficiente. Para reverter os prejuízos da missão flamenga, foi enviado em 1637 o novo administrador das terras dominadas pelos holandeses, o Conde Maurício de Nassau, filho do Conde de Nassau-Siegen.
Maurício havia sido educado nas melhores universidades holandesas e suíças. Havia, em sua familia uma paixão pelas ciências e pelas artes.
Prova disso é que Galileu Galilei, inventor do telescópio, enviou a nota abaixo a um cunhado de Maurício, Beneditto Lanuci em 29 de agosto de 1609:
"...Há quase dois meses espalharam-se notícias aqui (na Italia) que na Holanda tinham presenteado o Conde Maurício (de Nassau) com um pequeno telescópio (occhiale) através do qual um homem há duas milhas podia ser visto claramente...como pareceu que ele devia estar baseado na ciência da perspectiva, comecei a pensar acerca da sua construção, que finalmente consegui, e tão perfeitamente que um occhiale que fiz superou e muito a reputação daquele holandês"
A superação tecnológica do telescópio do grande Galileu não arrefeceu o gosto de Maurício pelas ciências, tanto que, se fez acompanhado, em sua viagem às terras pernambucanas, pelo astrônomo George Marcgrave. Marcgrave foi o primeiro astrônomo do mundo a observar o hemisfério celeste austral com uso de telescópio. Essas observações foram feitas na cidade de Recife. O pioneiro dessas observações astronômicas, porém não foi o único talento trazido por Nassau; os artistas Eckhout e Franz Post, o naturalista Willem Piso também acompanharam o competente administrador.
A Companhia das Índias Ocidentais, empresa européia que financiou a ocupação holandesa, não possuía condições de manter os intelectuais, o que levou a Maurício assumir com o próprio bolso a manutenção dos ilustres talentos. Nassau permaneceu em Pernambuco até 1644.
Mais recentemente, no colégio de São João, na Várzea, o padre Jorge Polman (Johannes Michael Antonius Polman) fundou uma escola de astronomia que formou grande quantidade de astrônomos amadores. O padre Jorge era natural da Holanda.