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quinta-feira, 21 de março de 2019

A metafísica da vida


Há um autor, Hal Hellman, do livro Grandes Debates da Ciência que nos traz informações interessantes a respeito de disputas de ideias no âmbito científico.

O livro, traduzido para o português por José Oscar de Almeida Marques, foi publicado pela editora Unesp.

Alguns poderiam argumentar que esse escritor, Hal Hellman, poderia ser um divulgador de pseudociência. Não é o que se dá contudo; o conteúdo do seu livro é genuinamente científico e tem muitos capítulos em que ele combate a pseudociência e combate também ideias com colorido científico mas que no fundo pretendem defender dogmas religiosos sem fundamento científico.

No capítulo 4, intitulado "Voltaire contra Needham" fala sobre um debate a respeito do tema “Geração Espontânea”.

Colho o seguinte trecho bastante interessante deste capítulo:

“A posição vitalista - como exposta por Leibniz, por exemplo - é que as partículas da matéria viva são de alguma forma diferentes intrinsecamente das matérias da matéria não viva. Os mecanicistas declaram que a matéria é matéria e que os fenômenos da vida podem ser explicados em termos de como as partículas estão arranjadas.

Qual dos dois lados tem razão? Não estamos hoje em condições muito melhores para decidir essa questão do que estavam os filósofos e cientistas da época de Leibniz. Embora tratar coisas vivas como se fossem máquinas tenha sido extremamente útil para pesquisa, pode ser que abordagem vitalista, mais metafísica, seja necessária para nos levar mais adiante em nossa compreensão da vida.

O trabalho Needham sugere, no mínimo, que as atividades vitais, de algum modo, vêm de dentro e não de fora, o que foi uma maneira muito boa de começar. Em adição, a ideia de um modo interno (o moule intérieur) não é uma má descrição preliminar do trabalho desempenhado pelo DNA.

Essa não é uma ideia isolada no mundo científico. Sheldrake Rupert, Doutor em biologia pela tradicional Universidade de Cambridge, percebeu claramente quê a matéria por si só não é suficiente para explicar a vida, sua dinâmica e estrutura:



sexta-feira, 15 de março de 2019

Composição química atmosférica indicativa de vida extraterrestre


Na tentativa de descobrir a existência da vida extraterrestre, ou, ao menos, a habitabilidade de exoplanetas, astrônomos costumam analisar uma série de dados, incluindo sua posição em seu sistema estelar (a chamada "zona habitável"), bem como indícios de água no estado líquido e composição da superfície planetária.

Só que essa missão fica um pouco mais complicada quando esses planetas estão muito distantes da Terra, a milhares e milhares de anos-luz. Mas, agora, uma equipe de pesquisadores publicou um estudo no Science Advances explicando uma maneira mais eficiente de detectar a vida extraterrestre em planetas extremamente distantes, simplesmente analisando os gases de sua composição.
No documento, Joshya Krissansen-Totton, da Universidade de Washington, sugere que basta procurar por misturas específicas de substâncias na atmosfera dos planetas para suspeitar que ali haja algum tipo de vida. Ao analisar meticulosamente várias misturas de gases na atmosfera terrestre, a equipe acredita que é possível comparar a mistura de gases em outras atmosferas para indicar a presença de vida

"É muito difícil produzir muito oxigênio sem vida", explicou o cientista. "Mesmo que a vida seja comum no cosmos, não temos ideia se ali existirá vida que produza oxigênio, pois a bioquímica da produção de oxigênio é muito complexa e pode ser bastante rara", declarou. Com isso em mente, a ideia é que planetas sem vida terão em suas atmosferas misturas previsíveis de gases, mas se detectarmos um planeta onde os gases estejam em desequilíbrio, esse pode ser um indício da existência de vida, ainda que muito diferente da terrestre.
Entre os desequilíbrios específicos já previstos pelos cientistas, está a presença de metano e dióxido de carbono, mas com ausência de monóxido de carbono. Esse seria um cenário indicativo de algum tipo de vida no planeta em questão.

Fonte: BGR


Esse artigo foi transcrito de:

https://canaltech.com.br/espaco/cientistas-ja-sabem-como-detectar-vida-alienigena-em-planetas-muito-distantes-107212/

Exoplanetas: planetas não pertencentes ao nosso sistema solar.



quarta-feira, 13 de março de 2019

Espectroscopia e novos rumos da Astrobiologia

A detecção de exoplanetas, que marcou a era Telescópio Kepler representa uma importantíssima prévia da gênese da Astrobiologia. Precisamos admitir, entretanto, que tais descobertas, sugerem a possibilidade de vida extraterrestre, porém não saem dos limites da Astronomia.
As recentes considerações a respeito da composição química atmosférica dos planetas que evidenciam uma atividade equilíbrio consideravelmente diferente do que poderíamos esperar da realidade física e química bem como a recente invenção do Treepol pelo pelo biólogo holandês Lucas Patty, da Universidade Livre de Amsterdã, parecem indicar que estamos assistindo ao nascimento da ciência astrobiológica.

Já é muito conhecido o grande alcance que os espectroscópios possuem. Eles nos fornecem informações a respeito da composição química de corpos celestes situados a imensas distâncias.

A possível indentificação de composições do tipo a presença de metano e dióxido de carbono, mas com ausência de monóxido de carbono é forte indício da existência de vida qual a conhecemos. Da mesma forma a existência da assimetria molecular conhecida como quilaridade constitui-se em forte indício a existência de vida vegetal.