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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Astrônomos descobrem novo planeta



Os astrônomos do Observatório Europeu do Sul – ESO descobriram o primeiro planeta com massa similar à da Terra, orbitando uma estrela semelhante ao Sol. O planeta, que ainda não possui nome, faz parte do sistema da estrela Alpha Centauro, o mais próximo de nós.

Essa descoberta representa o maior passo em direção à identificação de um planeta gêmeo ao nosso nas circunvizinhanças. “Vivemos momentos interessantes” disse Xavier Dumusque do Observatório Gênova e do Centro de Astrofisica da Universidade do Porto, em publicação sobre a descoberta de que tratamos.

Apesar do interesse despertado, os cientistas dizem que o clima do novo planeta não deve ser adequado a manter vida qual a conhecemos na Terra.
Sua órbita é bastante próxima à sua estrela e deve ser muito quente para existência de vida semelhante à terrestre, disse Stéphane Udry do Observatório Gênova e coautor da publicação.

O novo planeta orbita a "meros" seis milhões de quilômetros de sua estrela, distância menor do que aquela que separa Mercúrio do nosso Sol.

Alpha Centauro é o sistema solar mais próximo da Terra a “somente” 4,3 anos luz, o que faz desse objeto o mais brilhante do hemisfério austral. Trata-se de uma estrela tripla em que existem duas estrelas semelhantes ao Sol, orbitando muito próximas entre si, Alpha Centauro A e B, e outra mais distante e fraca estrela vermelha, conhecida como Próxima Centauro.

Por meio de quase que imperceptíveis oscilações no movimento de Alpha Centauro B, os astrônomos tiveram condições de identificar a presença do planeta. O efeito gravitacional do planeta sobre a estrela determinou sobre a ela, um movimento maior do que 51 centímetros por segundo, ou aproximadamente a velocidade de um bebê engatinhando, de acordo com a publicação.

Em 1995, o mesmo grupo de pesquisadores descobriu o primeiro exoplaneta orbitando uma estrela semelhante ao Sol. De lá para cá, foram confirmadas descobertas de mais de 800 exoplanetas usando-se o mesmo método de oscilações, de acordo com o ESO, mas os cientistas ainda terão que encontrar um planeta das dimensões de nossa Terra orbitando sua estrela mãe a uma distância de que possibilite condições de habitabilidade.

O planeta foi detectado no Observatório de La Sila no Chile, do ESO e descrição mais detalhada de todos os resultados obtidos podem ser encontrados no jornal Nature de quarta-feira - 17.10.2012.

Este artigo é uma tradução livre na matéria publicada no VOANEWS:

http://www.voanews.com/content/european_astronomers_discover_new_planet/1528161.html


sábado, 8 de setembro de 2012

Jorge Polman


Dentre as belas ações promovidas por alguns homens de ciência encontramos a divulgação científica para as massas. Homens como o pedagogo Hippolite Léon Denizard Rivail, o astrônomo francês Flammarion, como o cientista Chris Impey e Jorge Polman, nos brindaram como excelentes trabalhos em linguagem acessível aos leigos.

Tive o grande prazer de conhecer o padre Polman na adolescência. Presenciei seu nobre trabalho no colégio São João no começo de 1977, em Recife, quando ele ministrava aulas de iniciação à Astronomia aos jovens. Após as aulas, o padre Jorge nos levava ao pátio do colégio onde estavam instalados telescópios. Lá, tivemos oportunidade de observar as belas imagens da Lua, os anéis de Saturno a constelação "caixa de jóias" e outros encantos siderais.

Divulgar ciência é muito importante, porque essa ação encolhe os espaços para crendices e superstições.

Embora nossa postura seja o de respeitar a opinião das pessoas sobre qualquer assunto, não podemos deixar de constatar que, o conhecimento científico ministrado adequadamente, nos ajuda muito a ver melhor o mundo e a entender os fatos que nos rodeiam.

Portanto a homenagem que se presta ao Padre Polman é mais do que justa.

Dentre essas homenagens está o artigo do astrônomo Nelson Travinick:

http://skyandobservers.blogspot.com.br/search?q=polman

A respeito dessa reportagem do Nelson Travinick, é interessante apreciarmos o comentário do professor Aldemário Prazeres e observar que ciência, entusiasmo e coração podem conviver muito bem com o espírito racional, metódico e prudente dos cientistas.

Observemos:


Olá Todos,

Constatamos na história da nossa Astronomia mundial, inúmeros astrônomos e astrônomas que foram, em seu tempo, verdadeiros resilientes*. Aqui no Brasil não é diferente, temos um legado enorme de verdadeiros contribuintes em pesquisas, ensino e divulgação da Astronomia. Alguns já não mais se encontram nesse nosso plano, enquanto que outros ainda se encontram entre nós, muito embora algumas vezes esquecidos. Mas ainda existem alguns astrônomos que se mostram verdadeiros resilientes “Good Chaps” - gíria antiga inglesa usada pelos trilheiros que significa “Boa Gente”. Um desses é o grande baluarte da Astronomia Brasileira, Nelson Travnik, pessoa na qual compartilho uma amizade que já completou “bodas de prata”.

Travnik, sempre brilhante em seus trabalhos, nos trás de forma magnífica seu recente artigo onde presta merecida homenagem ao saudoso e grande Mestre Johannes Michael Antonius Polman, nosso Padre Jorge Polman, ou simplesmente “JP”, como carinhosamente me permitia tratá-lo. 

Eu comparo Pe. Jorge Polman a um trecho de uma música do conjunto pernambucano chamado Mundo Livre, onde homenagearam o Cacique Chicão, morto em um atentado no interior do Estado, onde dizem:  

“Ele não vai ser enterrado; Ele não vai ser sepultado. Ele vai ser plantado para que dele nasçam novos guerreiros”.
Aos interessados em ter acesso ao artigo em homenagem ao Pe. Jorge Polman acessem e divulguem em: http://skyandobservers.blogspot.com.br/search?q=polman
  
Um abraço “polmeano”,

Prof. Audemário Prazeres