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terça-feira, 29 de julho de 2025

Calor gerado do interior de Urano

 https://youtu.be/RSJ_KTUretA?si=vxENkKC3N6vGIwp_


quarta-feira, 11 de junho de 2025

Transitório Nuclear Extremo

Fonte:

Fenômeno inédito no espaço pode ser o maior desde o Big Bang; entenda

 Ao fazer uma “mineração” de dados astronômicos de antigas observações em busca de explosões de longa duração ocorridas em centros galácticos, o pesquisador Jason Hinkle, do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí (IfA), descobriu o que pode ser “a maior explosão desde o Big Bang”, segundo um comunicado. Embora esse tipo de explosão altamente energética já tenha sido observado quando estrelas com mais de três vezes a massa do Sol são dilaceradas por buracos negros supermassivos, a descoberta recente foi poderosa o bastante para ser classificada como um novo tipo de fenômeno astronômico. A equipe de pesquisadores concordou em chamar o evento de "transitório nuclear extremo" (ENT, na sigla em inglês), pois ele superou em magnitude as supernovas mais poderosas, explosões de raios gama, colisões de buracos negros e outros fenômenos extremos já catalogados pela astronomia.   Diferentemente dos TDEs (eventos de interrupção de maré), nos quais as forças gravitacionais de um buraco negro "esticam" a estrela em um processo chamado "espaguetificação", esses ENTs atingem “brilhos quase 10 vezes maiores do que o que normalmente vemos”, afirma Hinkle em um comunicado. De acordo com o artigo, publicado recentemente na revista Science Advances, além de mais brilhantes do que os TDEs típicos, os ENTS observados neste estudo permanecem luminosos por anos, superando a produção de energia das explosões de supernovas já observadas até hoje. Investigando o brilho de estrelas sendo devoradas aos poucos Ao observar dois eventos de uma supernova registrada com o número SN18cdj nos arquivos da sonda espacial Gaia, da Agência Espacial Europeia, em 2016 e 2018, Hinkle percebeu uma liberação de energia 25 vezes mais intensa do que a explosão estelar mais poderosa já catalogada. Impressionante, o evento irradiou em doze meses energia equivalente à produção completa de 100 estrelas durante toda a sua vida. Para se ter uma ideia desse grau de magnitude, as supernovas convencionais produzem energia equivalente à de apenas uma estrela como o Sol no mesmo período. O que levou o astrônomo a destacar essas anomalias energéticas, enquanto analisava os dados públicos coletados por Gaia, foi sua longa duração. Enquanto explosões cósmicas convencionais se extinguem após algumas semanas, os ENTs mantêm sua luminosidade durante anos consecutivos de observação. Para construir um caso científico sólido, Hinkle realizou uma análise longitudinal, combinando dados dos telescópios terrestres de Haleakalā, Mauna Loa e Maunakea, no Havaí, além do Sistema de Alerta de Asteroides da Universidade do Havaí e de diversos observatórios espaciais. Essa abordagem científica rigorosa confirmou que os ENTs não são supernovas convencionais nem atividade típica de buracos negros supermassivos. Eles são fenômenos luminosos duradouros resultantes de estrelas muito massivas sendo devoradas por buracos negros. Uma janela para o passado do Universo Devido à sua luminosidade excepcional, explica o coautor Benjamin Shappee, professor do IfA, em comunicado, os transitórios nucleares extremos representam uma ferramenta revolucionária para investigar buracos negros supermassivos em galáxias distantes. “Por serem tão brilhantes, podemos vê-los a vastas distâncias cósmicas — e, em astronomia, olhar para longe significa olhar para trás no tempo. Ao observar essas erupções prolongadas, obtemos insights sobre o crescimento de buracos negros quando o universo tinha metade de sua idade atual”, afirma Shappee. Naquela época primordial, as galáxias eram ambientes extraordinariamente dinâmicos, formando estrelas e alimentando seus buracos negros supermassivos com intensidade dez vezes maior do que a observada atualmente. A expectativa é que futuros observatórios, como o Vera C. Rubin (com início das operações marcado para 23 de junho de 2025) e o Telescópio Espacial Roman (com lançamento previsto para 2027), consigam detectar numerosos ENTs adicionais, revolucionando nossa compreensão dos buracos negros primitivos. https://stories.cnnbrasil.com.br/tecnologia/astronomos-investigam-por-que-buracos-negros-tem-batimento-cardiaco/

domingo, 8 de junho de 2025

Descoberta de vida em exoplaneta distante divide cientistas

 https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/descoberta-de-vida-em-exoplaneta-distante-divide-cientistas-entenda/

Descoberta de vida em exoplaneta distante divide cientistas; entenda

Pista revelada em abril que parecia capaz de mudar o Universo como o conhecemos está sendo debatida por pesquisadores

Ashley Strickland, da CNN

06/06/25 às 16:37:51 | Atualizado 06/06/25 às 16:37:51

Uma concepção artística mostra a aparência de K2-18b. Considerado inteiramente coberto por água líquida e com uma atmosfera rica em hidrogênio, o exoplaneta pode ser um bom lugar para procurar atividade biológica

Uma concepção artística mostra a aparência de K2-18b. Considerado inteiramente coberto por água líquida e com uma atmosfera rica em hidrogênio, o exoplaneta pode ser um bom lugar para procurar atividade biológica  • Nasa/CSA/ESA/J. Olmsted (STScI)/N. Madhusudhan (Cambridge University) via CNN Newsource

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Uma pequena pista revelada em abril parecia capaz de mudar o Universo como o conhecemos. Astrônomos detectaram apenas um indício, um vislumbre de duas moléculas girando na atmosfera de um planeta distante chamado K2-18b — que, na Terra, são produzidas apenas por organismos vivos.


Era uma perspectiva tentadora: a evidência mais promissora até então de uma bioassinatura extraterrestre, ou seja, vestígios de vida ligados à atividade biológica. Mas, apenas algumas semanas depois, novas descobertas sugerem que a busca deve continuar.


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Evidência de vida em outro planeta é encontrada; o que isso quer dizer?

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“Foi empolgante, mas imediatamente levantou várias bandeiras vermelhas, porque uma alegação de possível bioassinatura seria algo histórico, mas a significância ou a força da evidência estatística parecia exagerada para os dados”, disse o Dr. Luis Welbanks, pesquisador de pós-doutorado na Escola de Exploração da Terra e do Espaço da Universidade Estadual do Arizona.


Embora as moléculas identificadas no planeta K2-18b pelo estudo de abril — dimetil sulfeto (DMS) e dissulfeto de dimetila (DMDS) — estejam amplamente associadas a organismos microbianos em nosso planeta, os cientistas destacam que esses compostos também podem se formar sem a presença de vida.


Agora, três equipes de astrônomos que não participaram da pesquisa original, incluindo Welbanks, reavaliaram os modelos e dados usados na descoberta inicial e obtiveram resultados bem diferentes, que foram submetidos à revisão por pares.


Enquanto isso, o autor principal do estudo de abril, Nikku Madhusudhan, e seus colegas realizaram pesquisas adicionais que, segundo eles, reforçam a descoberta anterior sobre o planeta. É provável que novas observações e estudos feitos por diversos grupos de cientistas estejam a caminho.


A sucessão de artigos sobre K2-18b oferece um vislumbre do processo científico acontecendo em tempo real. É uma janela para as complexidades e nuances de como os pesquisadores buscam evidências de vida além da Terra — e mostra por que o nível de exigência para comprovação é tão alto e difícil de ser alcançado.


Dados ruidosos

Localizado a 124 anos-luz da Terra, o K2-18b é amplamente considerado um alvo promissor na busca por sinais de vida. Acredita-se que seja um mundo hycean, um planeta totalmente coberto por água líquida com uma atmosfera rica em hidrogênio, segundo pesquisas anteriores lideradas por Madhusudhan, professor de astrofísica e ciência de exoplanetas no Instituto de Astronomia da Universidade de Cambridge.


Por isso, o K2-18b chamou rapidamente a atenção como um lugar potencialmente habitável fora do nosso Sistema Solar.


Convencidos do potencial do planeta, Madhusudhan e seus colegas de Cambridge utilizaram observações feitas pelo maior telescópio espacial em operação, o Telescópio Espacial James Webb, para estudá-lo mais a fundo. Mas dois cientistas da Universidade de Chicago — Dr. Rafael Luque, pesquisador de pós-doutorado no departamento de astronomia e astrofísica, e Michael Zhang, bolsista pós-doutoral 51 Pegasi b / Burbidge — notaram alguns problemas no que foi descoberto.


Ao revisar o artigo de abril da equipe de Madhusudhan, que complementava uma pesquisa de 2023, os estudiosos perceberam que os dados do telescópio Webb pareciam “ruidosos”, disse Luque.


Ruído, causado por imperfeições no intrumento e pela taxa com que diferentes partículas de luz o atingem, é um dos muitos desafios que os astrônomos enfrentam ao estudar exoplanetas distantes. O problema pode distorcer as observações e introduzir incertezas nos dados, explicou Zhang.


Tentar detectar gases específicos nas atmosferas desses corpos aumenta ainda mais essa incerteza. As características mais evidentes de um gás como o dimetil sulfeto derivam de ligações entre moléculas de hidrogênio e carbono — uma conexão que pode se esticar, dobrar e absorver luz em diferentes comprimentos de onda, dificultando a identificação precisa de um composto, disse Zhang.


“O problema é que basicamente toda molécula orgânica tem uma ligação carbono-hidrogênio”, explicou ele. “Existem centenas de milhões dessas partículas, e seus espectros são muito semelhantes. Se você tem dados perfeitos, pode até distinguir entre elas. Mas, se os dados são imperfeitos, muitas moléculas, especialmente as orgânicas, vão parecer iguais, principalmente no infravermelho próximo.”


Ao se aprofundarem mais no artigo, Luque e Zhang também notaram que a temperatura percebida do planeta havia subido de forma acentuada: de cerca de -23,15 ºC a 26,85 ºC na pesquisa publicada em 2023, para 148,85 ºC no estudo de abril.


Temperaturas tão altas poderiam mudar a forma como os astrônomos avaliam a habitabilidade do planeta, disse Zhang, especialmente porque ambientes mais frios persistem na parte superior da atmosfera — área que o Webb consegue observar — e a superfície ou o oceano abaixo provavelmente seriam ainda mais quentes.


“Isso é apenas uma inferência com base na atmosfera, mas certamente afeta como pensamos sobre o planeta como um todo”, disse Luque.


Parte do problema, segundo ele, é que a análise de abril não incluiu dados coletados por todos os três instrumentos do Webb usados pela equipe de Madhusudhan nos últimos anos. Então Luque, Zhang e seus colegas fizeram um estudo combinando todos os dados disponíveis para verificar se poderiam obter os mesmos resultados ou até encontrar uma maior concentração de dimetil sulfeto.


Eles encontraram “evidências insuficientes” da presença das duas moléculas na atmosfera do planeta. Em vez disso, a equipe identificou outras moléculas, como o etano, que poderiam corresponder ao perfil espectral observado. Mas o etano não indica presença de vida.


Evidência desaparecendo

Welbanks e seus colegas da Universidade Estadual do Arizona, incluindo o Dr. Matt Nixon, pesquisador de pós-doutorado no departamento de astronomia da Universidade de Maryland, também encontraram o que consideram um problema fundamental no estudo de abril sobre K2-18b.


A preocupação, segundo Welbanks, era com o modo como Madhusudhan e sua equipe construíram os modelos para mostrar quais compostos poderiam estar presentes na atmosfera do planeta.


“Cada molécula foi testada individualmente contra a mesma linha de base mínima, o que significa que cada modelo tinha uma vantagem artificial: era a única explicação permitida”, explicou Welbanks.


Quando a equipe de Welbanks expandiu o modelo usado no estudo original, as evidências de dimetil sulfeto e dissulfeto de dimetila “simplesmente desapareceram”, disse ele.


“(Madhusudhan e colegas) não permitiram a presença de outras espécies químicas que poderiam estar produzindo os sinais detectados”, completou Nixon. “O principal objetivo do nosso trabalho foi verificar se outras moléculas poderiam se ajustar adequadamente aos dados.”


O peso da prova

Madhusudhan acredita que os estudos publicados após o artigo de abril são “muito encorajadores” e promovem “uma discussão saudável sobre a interpretação dos nossos dados sobre K2-18b”.


Ele revisou o trabalho de Luque e Zhang e concordou que os resultados deles não mostram uma “detecção forte de DMS ou DMDS”. Quando sua equipe publicou o artigo em abril, disse que as observações alcançaram um nível de significância de três sigma, o que indica uma probabilidade de 0,3% de que as detecções tenham ocorrido por acaso.


Para uma descoberta científica considerada altamente improvável de ter ocorrido por acaso, é necessário alcançar o nível de cinco sigma, ou seja, uma probabilidade inferior a 0,00006%. Alcançar esse nível exigirá muitos passos, disse Welbanks, incluindo detecções repetidas da mesma molécula com vários telescópios e a exclusão de fontes não biológicas.


Embora essa evidência possa ser encontrada ainda em nossa vida, é menos provável que ocorra como um momento “eureka” e mais como uma construção lenta de consenso entre astrônomos, físicos, biólogos e químicos.


“Nunca alcançamos esse nível de evidência em nenhum de nossos estudos”, escreveu Madhusudhan por e-mail.


“Encontramos apenas algumas no nível de até 3 sigma em nossos dois estudos anteriores (Madhusudhan et al. 2023 e 2025). Chamamos isso de evidência moderada ou indícios, mas não uma detecção forte. Concordo com a alegação (de Luque e Zhang), que é consistente com o nosso estudo, e discutimos amplamente a necessidade de dados mais fortes.”


Em resposta à pesquisa da equipe de Welbanks, Madhusudhan e seus colegas de Cambridge elaboraram um novo artigo expandindo a busca em K2-18b para incluir 650 tipos de moléculas. A nova análise foi submetida à revisão por pares.


“Essa é a maior busca por assinaturas químicas em um exoplaneta até hoje, usando todos os dados disponíveis de K2-18b e buscando entre 650 moléculas”, disse Madhusudhan. “Descobrimos que o DMS continua sendo uma molécula candidata promissora nesse planeta, embora mais observações sejam necessárias para uma detecção definitiva, como já indicamos em nossos estudos anteriores.”


Welbanks e Nixon ficaram satisfeitos que as preocupações tenham sido abordadas, mas consideram que o novo artigo na prática recua em relação às alegações centrais do estudo de abril.


“O novo artigo admite, ainda que de forma implícita, que a detecção de DMS/DMDS não era robusta, e mesmo assim continua a se basear em uma estrutura estatística falha e numa leitura seletiva de seus próprios resultados”, afirmou Welbanks por e-mail. “Embora o tom seja mais cauteloso (às vezes), a metodologia continua a obscurecer o real nível de incerteza. A significância estatística alegada nos trabalhos anteriores foi produto de decisões arbitrárias de modelagem que não são reconhecidas.”


Luque disse que o novo artigo da equipe de Cambridge representa um passo na direção certa ao explorar outras possíveis bioassinaturas químicas. “Mas acho que foi limitado em seu escopo”, disse ele. “Acho que se restringiu demais a ser uma réplica ao artigo do (Welbanks).”


Apesar das divergências, os astrônomos que estudam K2-18b concordam que continuar a pesquisa sobre o exoplaneta contribui para o avanço científico.


“Acho que é apenas um bom e saudável debate científico sobre o que está acontecendo com esse planeta”, disse Welbanks. “Independentemente do que qualquer grupo individual diga agora, ainda não temos a bala de prata. Mas é justamente por isso que isso é empolgante, porque sabemos que estamos mais perto do que jamais estivemos (de encontrar uma bioassinatura), e acho que podemos chegar lá ainda em nossa vida. Mas neste momento, ainda não chegamos. E isso não é um fracasso. Estamos testando ideias ousadas.”


quinta-feira, 17 de abril de 2025

Cientistas encontram a mais forte evidência de vida em planeta alienígena - reprodução de reportagem do MSN

"Em uma descoberta marcante, cientistas obtiveram o que consideram serem os mais fortes sinais de possível existência de vida além do sistema solar, detectando na atmosfera de um planeta alienígena as impressões digitais químicas de gases que na Terra são produzidos apenas por processos biológicos. Os dois gases -- sulfeto de dimetila e dissulfeto de dimetila -- envolvidos nas observações do planeta denominado K2-18 b pelo Telescópio Espacial James Webb são gerados na Terra por organismos vivos, principalmente vida microbiana, como o fitoplâncton marinho. Isso sugere que o planeta pode estar repleto de vida microbiana, disseram os pesquisadores. Eles enfatizam, no entanto, que não estão anunciando a descoberta de organismos vivos, mas sim de uma possível bioassinatura -- um indicador de um processo biológico -- e que os resultados devem ser vistos com cautela, sendo necessárias mais observações. Eles expressaram entusiasmo, no entanto. Esses são os primeiros indícios de um mundo alienígena que pode ser habitado, disse o astrofísico Nikku Madhusudhan, do Instituto de Astronomia da Universidade de Cambridge, principal autor do estudo publicado no Astrophysical Journal Letters. "Este é um momento transformador na busca por vida além do sistema solar, em que demonstramos que é possível detectar bioassinaturas em planetas potencialmente habitáveis com as instalações atuais. Entramos na era da astrobiologia observacional", disse Madhusudhan. Madhusudhan observou que há vários esforços em andamento na busca de sinais de vida em nosso sistema solar, incluindo suposições de ambientes que podem ser propícios à vida em lugares como Marte, Vênus e diversas luas geladas. K2-18 b é 8,6 vezes mais maciço que a Terra e tem um diâmetro cerca de 2,6 vezes maior que o do planeta. Ele orbita na "zona habitável" -- distância em que a água líquida, um ingrediente fundamental para a vida, pode existir em uma superfície planetária -- em torno de uma estrela anã vermelha menor e menos luminosa que o Sol, localizada a cerca de 124 anos-luz da Terra, na constelação de Leão. Um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano, ou seja, 9,5 trilhões de quilômetros. Outro planeta também foi identificado orbitando essa estrela. "Mundo oceânico" Cerca de 5.800 planetas além do nosso sistema solar, chamados exoplanetas, foram descobertos desde a década de 1990. Os cientistas levantaram a hipótese da existência de exoplanetas cobertos por um oceano de água líquida habitável por microorganismos e com uma atmosfera rica em hidrogênio -- os chamados mundos oceânicos. Observações anteriores do Webb, que foi lançado em 2021 e entrou em operação em 2022, identificaram metano e dióxido de carbono na atmosfera do K2-18 b, primeira vez que moléculas à base de carbono foram descobertas na atmosfera de um exoplaneta na zona habitável de uma estrela. "O único cenário que atualmente explica todos os dados obtidos até agora pelo JWST (Telescópio Espacial James Webb), incluindo as observações passadas e presentes, é aquele em que o K2-18 b é um mundo oceânico repleto de vida", disse Madhusudhan. "No entanto, precisamos estar abertos e continuar explorando outros cenários", acrescentou. Madhusudhan afirmou que com os mundos oceânicos, se existirem, "estamos falando de vida microbiana, possivelmente como a que vemos nos oceanos da Terra". A hipótese é que seus oceanos sejam mais quentes do que os da Terra. Questionado sobre possíveis organismos multicelulares ou até mesmo vida inteligente, Madhusudhan disse: "Não poderemos responder a essa pergunta neste estágio. A suposição básica é de vida microbiana simples". O DMS e o DMDS, ambos da mesma família química, são considerados como importantes bioassinaturas de exoplanetas. O Webb descobriu que um ou outro, ou possivelmente ambos, estavam presentes na atmosfera do planeta com um nível de confiança de 99,7%, o que significa que ainda há uma chance de 0,3% de a observação ser um acaso estatístico. Os gases foram detectados em concentrações atmosféricas de mais de 10 partes por milhão por volume. "Para referência, isso é milhares de vezes mais do que suas concentrações na atmosfera da Terra e não pode ser explicado sem atividade biológica com base no conhecimento existente", disse Madhusudhan. Cientistas que não participaram do estudo aconselham cautela. "Os dados ricos do K2-18 b o tornam um mundo tentador", disse Christopher Glein, cientista principal da Divisão de Ciências Espaciais do Southwest Research Institute, no Texas. "Esses dados mais recentes são uma contribuição valiosa para nossa compreensão. Entretanto, devemos ter muito cuidado para testar os dados da forma mais completa possível. Estou ansioso para ver trabalhos adicionais e independentes sobre a análise de dados, que começarão já na próxima semana", ele acrescentou. "

Segue link para a fonte (MSN):

Cientistas encontram a mais forte evidência de vida em planeta alienígena

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Enaiposha

 https://veja.abril.com.br/ciencia/novo-planeta-descoberto-que-desafia-os-astronomos/


domingo, 26 de janeiro de 2025

Acidente do Fokker 100 e aparições

No dia 31 de outubro de 1996 no aeroporto de Congonhas aconteceu uma queda de um avião (Fokker 100 da TAM) após sua decolagem que matou toda a tripulação e todos os passageiros (96 pessoas a bordo) mais três pessoas que foram atingidas com aquele acidente.

Este acidente causou uma comoção profunda no sentimento de diversas pessoas, familiares, amigos conhecidos e também em todos os funcionários da TAM.

Passado algum tempo, entraram novos funcionários na companhia. Observou-se que em um dos vôos uma comissária novata que não tinha muitas informações a respeito do acidente nem tão pouco vivência dos sentimentos que foram gerados nas pessoas a respeito do acidente do Fokker 100, foi convidada a fazer a conferência da quantidade de passageiros presentes em uma aeronave prestes a decolar com o controle do escritório da companhia aérea do aeroporto.

Feita a contagem pela comissária e comparando-se com a quantidade que existia no registro do escritório do aeroporto registrou-se uma quantidade de seis pessoas a mais na contagem da comissária. 

Os colegas ao identificarem essa diferença pediram para que a comissária contasse novamente os passageiros; manteve-se a diferença de seis passageiros a mais embarcados.

Essa diferença de seis passageiros não é nada comum nas contagens que se fazem antes da decolagem dos aviões. As diferenças que se registram são entre duas e três pessoas no máximo. Isto porque às vezes alguém vai para um banheiro e a comissária responsável pela contagem não percebeu ou então existem crianças de colo que também não teriam entrado na contagem.

Novamente solicitaram para que a moça recontasse os passageiros ali embarcados e mais uma vez a contagem da comissária indicou seis passageiros a mais. 

Interrogada, a moça argumentou que esses seis passageiros a mais eram tripulação que iriam trabalhar em outro local, eram funcionários da TAM inclusive presente a esse grupo estava o comandante Moreno. 

Outra pessoa foi verificar e não identificou a presença desse grupo no vôo. Mesmo porque o comandante Moreno era o que havia comandado o Fokker 100 acidentado alguns anos antes. 

As pessoas então começaram a interpretar como se fosse uma brincadeira mas a comissária sustentava firmemente a presença daquelas pessoas ali. 

Após cumprida a missão do vôo, a administração da TAM fez uma reunião advertindo a nova comissária para que evitasse brincadeiras de mau gosto até porque a ocorrência do acidente havia deixado marcas profundas nos sentimentos de todos os funcionários da época da TAM e que a maioria permanecia ainda na companhia. 

Mais uma vez a comissária sustentou que não era brincadeira e que existiam de fato aquelas seis pessoas entre as quais o comandante Moreno que eram tripulação de outra aeronave que eles iam ser levados para trabalhar em outro local.

Estavam preparando a demissão da comissária quando uma chefe no setor da TAM apresentou um retrato da tripulação do Fokker 100 e a comissária reconheceu aquelas pessoas como se estivessem presentes no vôo em que ela havia contado a seis pessoas a mais.

https://youtu.be/uATbHVH0f3s?si=iHcbHl3xYNoGhJVK

Vide no vídeo (link acima) entre os minutos 35 e 40.