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Vamos inicialmente, observar as hipóteses ligadas ao surgimento da vida. Se pensarmos nos possíveis mecanismos que levaram os primeiros seres vivos a surgirem na Terra, encontraremos duas hipóteses:
Abiogênese concepção do surgimento dos primeiros seres vivos sobre a terra a partir da transformação da matéria inorgânica em matéria orgânica. Diríamos de modo mais exato que as concepções dos cientistas atuais dizem respeito à transformação de compostos inorgânicos em orgânicos. O que, de fato, não é a mesma coisa de conversão de matéria inorgânica em orgânica, tendo em conta que matéria orgânica pode pressupor atividade vital, o que não acontece necessariamente com compostos orgânicos.
Biogênese concepção que um ser vivo somente pode surgir de outro ser vivo.
Assim, esse pensamento admite que os primeiros seres vivos da Terra surgiram a partir da transferência de outros seres vivos provenientes do espaço. Essa concepção da origem exterior à Terra dos seres vivos é chamada de Panspermia.
Seja como for que a vida eclodiu na Terra, um fato não podemos deixar de admitir; em algum momento e em algum lugar do Espaço ocorreu a abiogênese, ou seja um ser vivo foi composto a partir de matéria inorgânica (abiogênese química - diferentemente da concepção antiga e superada da geração espontânea), vamos enfocar a hipótese da abiogênese como mecanismo de transformação dos compostos inorgânicos em compostos orgânicos. Em seguida vamos sugerir hipótese de conversão dos compostos orgânicos em seres vivos.
Sequência evolutiva dos seres:
Quimiolitoautotroficos
(Termofílicos?)
Fermentadores
Fotossintetizantes
Respeitadores aeróbicos
O mecanismo provável de conversão de compostos inorgânicos em orgânicos, foi testado em laboratório por Urey e Muller em 1952, por meio da experiência descrita neste blog (http://isolaquio.blogspot.com.br/2014/12/elementos-da-vida.html).
Fazer leitura e reflexões sobre as hipóteses de formação das primeiras células de Fritjof Capra em "As conexões ocultas" - Capítulo I - A natureza da vida item "Bolinhas de vida mínima" (protocélulas?). Após descrever o possível processo de surgimento e evolução da célula, Capra nos mostra que existe um nível inicial de complexidade na formação da vida, emergente do mundo mineral e, na minha opinião, enormemente diferente em sua dinâmica desse mundo mineral. Coloco esse pensamento:
O que levaria uma proto célula a assumir e manter um SEU MODO DE SER químico e estrutural e transmitir esses modos às suas descendentes? Um sistema aberto, em situação que considerando-se as propriedades da matéria (inércia, entropia), que deveria ser instável e ter vida curta ou curtíssima, observa-se surpreendente estabilidade, manutenção do EQUILÍBRIO e PERSISTÊNCIA num sistema de significativa complexidade dinâmica.
E, ainda, o que levaria uma protocélula, já portadora de uma dinâmica/estabilidade pouco provável em ambiente exclusivamente material, a unir-se a outras protocélulas e criar nível mais avançado de dinâmica, estabilidade e sinergia, também pouco comum no mundo físico?
