A formação do mundo terrestre, segundo as mais confiáveis técnicas até hoje conhecidas, baseadas no ritmo de dissociação nuclear do Urânio e em sua transmutação em Chumbo, data de 4,54 bilhões de anos.
Entidades dedicadas ao estudo da Estratigrafia (ciência que estuda os estratos ou camadas de rochas, buscando determinar os processos e eventos que as formaram. - Fonte: Wikipédia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Estratigrafia), adotam a divisão de períodos geológicos em quatro éons (períodos que englobam eras):
a) Hadeano - entre o princípio de formação do Sistema Solar (a partir de 4,57 bilhões de anos) e o aparecimento das rochas na Terra;
b) Arqueano – com início em 3,85 bilhões atrás;
c) Proterozóico – entre 2,5 bilhões e 542 milhões de anos e
d) Fanerozóico – de 550 milhões de anos aos dias atuais.
Hadeano - Corresponde ao período que vai do início de formação dos planetas no sistema solar, até a formação das rochas na Terra. O termo foi cunhado pelo geólogo Preston Cloud e deriva da palavra grega "Hades", que quer dizer inferno.
Ausência quase completa de registros arqueológicos. Após relativo resfriamento, a atmosfera mostrava-se rica em dióxido de carbono, verificava-se, por isso, efeito estufa bem mais acentuado do que temos hoje, fato que compensava a menor luminosidade do Sol - 80% da luminosidade apresentada nos dias atuais.
Foram identificadas rochas cuja idade está estimada em 4,4 bilhões de anos. As investigações em torno do assunto revelaram que, ao longo do período Hadeano, a Terra atingiu um nível de resfriamento que tornou possível a presença de água líquida sobre sua superfície. Embora não haja evidências de vida (vida arcaica, bacteriana, porque vida complexa, pluricelular, não poderia haver dada a inexistência da camada de ozônio na atmosfera) pode-se supor que algumas espécies de seres primitivos procariontes (seres unicelulares desprovidos de núcleo,cujo material genético encontra-se disperso no citoplasma) poderiam ter existido naquela época.
Arqueano - As bactérias estão entre os seres cuja presença é evidenciada em registros que remontam há 3,8 bilhões de anos. Dentre as mais antigas citamos as cianobactérias, também chamadas de algas azuis. Pode-se encontrar microfósseis indicativos de tais seres no Arqueano.
O reino (também classificado como “domínio” – grupo que abrange reinos) "archea" surgiu na Terra há 3,5 bilhões de anos. Muitos dos representantes do Archea são extremófilos, ou seja, vivem em condições extremas: altas temperaturas, hipersalinidade, hiperacidez, fluxo radiotativo, etc. Por isso, adaptaram-se às condições de eras remotas sobre nosso planeta.
O conhecimento desses seres nos leva a supor que sobre planetas cujas condições não sejam as mesmas que as da Terra, podem viver seres semelhantes.
Proterozóico – Presença de muitos estratos geológicos. A acumulação de oxigênio iniciada durante o arqueano que situava-se em torno de 1 ou 2%, atingiu há 2 bilhões de anos atrás, concentração na atmosfera semelhante à de hoje, em consequencia, surgiram os primeiros eucariontes. Ocorreram eras de gelo, durante o Proterozóico.
Fanerozóico – Formação da camada de ozônio. Multiplicação dos eucariontes (grupo que engloba todos os seres unicelulares e pluricelulares possuidores de células providas de núcleos onde se concentra o correspondente material genético). Grande diversidade e evolução dos seres vivos. Ocorrências de extinções em massa e repovoamento de novas espécies em condições mais avançadas.
P.S. - A classificação dos seres vivos adotada neste artigo em três domínios: Bactéria, Archea e Eucariontes, é adotada por alguns escritores a exemplo de Chris Impey em seu livro "O Universo Vivo" publicado no Brasil pela Editora Larrousse e objetiva dar um tom pedagógico ao tema. Os principais investigadores (entre eles, em 1977, Carl Woese) baseiam-se nas características do RNA ribossômico, mas não chegaram a um acordo sobre sistemas de classificação e ainda não catalogaram todos os reinos presentes na Natureza. O mesmo critério pedagógico foi adotado na classificação dos éons ou períodos geológicos, sem prejuízo do que é essencial para o estudo a que me proponho.
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