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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

As insvestigações do Kepler e os exoplanetas semelhantes à Terra

O telescópio espacial Kepler utiliza um poderoso método para observar exoplanetas. Não observa a imagem propriamente dita, mas variações do brilho da estrela quando um exoplaneta se interpõe à observação do telescópio espacial.
Assim é que, quando há uma declinação na luminosidade de uma estrela, pode-se afirmar que tal variação ocorreu em virtude de um exoplaneta haver se interposto à observação do Kepler.
Tenho percebido que as órbitas dos exoplanetas descobertos pelo Kepler são, em regra, menores do que a órbita terrestre.
Vamos supor que uma civilização residente em um planeta há 50 anos luz tenha construído um telescópio espacial igual ao Kepler.
Por alguma razão, acreditam que há vida em algum planeta do nosso sistema solar.
Se dirigirem os detectores do "Kepler deles" para o nosso Sol durante um ano, qual a chance de identificar esse magnífico planeta que habitamos?
 Depende da localização deles em relação à inclinação da órbita terrestre. Para a Terra situar-se em trânsito (interposição entre o sol e o observador), a inclinação da órbita não pode fugir muito da linha de observação deles.
A órbita da Terra é aproximadamente circular, seu raio é de 150 milhões de km, e o diâmetro do Sol é de 1,4 milhão de quilômetros.
Como a inclinação da órbita terrestre é desconhecida para os nossos supostos observadores, a probabilidade de a Terra ser observada é dada* por: diâmetro do Sol dividido por (raio da órbita terrestre multiplicado por PI). Isso nos dá 0,003 aproximadamente. Portanto a possibilidade de não sermos vistos pelo Kepler deles é 1-0,003, ou seja, 0,997.
Em termos percentuais isto significa 99,7%.

(*) - Esse calculo nos dá um resultado muito aproximado da probabilidade que desejamos obter, tendo em conta que a distância suposta (50 anos luz) é muitas vezes superior à distância entre o Sol e o planeta Terra. Se o observador se encontrar a uma distância bem mais próxima, teríamos que fazer adaptações a esses cálculos, o que (se a aproximação não fosse suficiente para dispensar o método de trânsito) nos daria uma probabilidade de detecção ainda menor.

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