Homeostase é a propriedade de um sistema que, por si mesmo, tende a recuperar seu equilíbrio. Observa-se essa tendência nos seres vivos.
Ao observarmos os
seres vivos, sua constituição, as substâncias que os compõe,
ocorre-nos, em um primeiro olhar, que não diferem dos seres minerais.
Os elementos químicos são os mesmos. Pequeno avanço nessa
observação, nos mostra que há uma maior concentração de carbono,
hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, do que nos corpos puramente
minerais.
Nada sugere nesse
nível de observações, que haja componentes especiais nos seres
vivos que os distingam dos corpos minerais. Avancemos, entretanto.
Esses elementos se combinam de maneira própria, formando substâncias
específicas, predominantemente encontradas nos, ou elaboradas pelos
corpos vivos. São materiais, cujas moléculas em forma de cadeias de
carbono, evoluem até adquirem enorme complexidade.
Por que,
diferentemente dos corpos inertes, as moléculas orgânicas adquirem
formas de cadeias e até de grandes cadeias? Qual a causa dessa
diferenciação? Do ponto de vista estrutural, a complexidade avança:
as moléculas formam pequenos tecidos que formam células.
Essas células se
diferenciam, se especializam, se associam e formam tecidos. Os
tecidos formam órgãos (que possuem funções fisiológicas), os
órgãos formam sistemas (que desempenham funções mais complexas,
conjuntos de funções dos órgãos). Os sistemas coordenados (não
se sabe, ou não se quer saber, por que coordenador) formam o ser
vivo, que possui propriedades distintas dos demais seres materiais:
nasce, nutre-se, cresce, reproduz-se e morre.
Há pessoas que
atribuem toda a complexidade da vida e sua competência morfogenética às propriedades da matéria;
certamente pensam que os átomos de hidrogênio (pai de toda a
variedade dos elementos químicos), associado à energia contém em
potencial toda a complexidade que a matéria, ao formar a vida, teria
nos bilhões de anos seguintes.
Mas, de fato, tal não é possível, Eis preciosas considerações a respeito expedidas por Berthelot ("Science et Philosophie") mencionadas pelo Dr. Gustave Geley em sua obra "O Ser Subconsciente" - páginas 45 e 46):
"Tudo parecia ter explicação natural na evolução progressiva da matéria, conjugando, por uma transição insensível, as formas inferiores da vida e da inteligência às formas superiores. (...).
Inicialmente, a concepção de evolução, tal como a admitia a ciência natural, chocava-se com grandes dificuldades filosóficas.
(...)
Mas, de fato, tal não é possível, Eis preciosas considerações a respeito expedidas por Berthelot ("Science et Philosophie") mencionadas pelo Dr. Gustave Geley em sua obra "O Ser Subconsciente" - páginas 45 e 46):
"Tudo parecia ter explicação natural na evolução progressiva da matéria, conjugando, por uma transição insensível, as formas inferiores da vida e da inteligência às formas superiores. (...).
Inicialmente, a concepção de evolução, tal como a admitia a ciência natural, chocava-se com grandes dificuldades filosóficas.
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Eis o mais comprobatório e cientificamente deduzido argumento em torno do assunto: em nenhum caso, o "mais" pode proceder do "menos" se o "menos" não contiver potencialmente todas as possibilidades do "mais".
Admitir o contrário é, de fato, ilógico e anticientífico".
Essa concepção (de que o Universo composto apenas de matéria e energia quais as conhecemos e capaz de elaborar-se, estruturar-se de forma complexa) vem, ademais, de encontro e choca-se de frente com uma das propriedades da matéria, ainda que associada
à energia: a segunda lei da termodinâmica – ou lei da entropia
que mostra a desorganização como tendência própria da
matéria.
Segunda Lei da Termodinâmica: O calor não pode fluir, de forma espontânea, de um corpo de temperatura menor, para um outro corpo de temperatura mais alta.
Tendo como consequência que o sentido natural
do fluxo de calor é da temperatura mais alta para a mais baixa, e que
para que o fluxo seja inverso é necessário que um agente externo realize
um trabalho sobre este sistema.
Outro enunciado equivalente da mesma lei, estabelece:
É impossível a construção de uma máquina que,
operando em um ciclo termodinâmico, converta toda a quantidade de calor
recebido em trabalho.
Este enunciado implica que, não é possível que
um dispositivo térmico tenha um rendimento de 100%, ou seja, por menor
que seja, sempre há uma quantidade de calor que não se transforma em
trabalho efetivo.
http://www.sofisica.com.br/conteudos/Termologia/Termodinamica/2leidatermodinamica.php
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-11172003000400004
Em outros termos, existe uma tendência a desaparecerem diferenças energéticas no Universo. Isso revela a tendência à desorganização geral do Universo qual o compreendemos, composto apenas de substâncias materiais.
Mas a vida brota, desenvolve-se, organiza-se, reproduz-se e evolui.
Bom que se pense inclusive na resistência à desorganização que a vida oferece. Do ponto de vista individual, do ser vivo, cumpre-nos reconhecer que, há muito tempo, constatou-se de diversas formas essa homeostase (capacidade de um sistema conter em si a competência de recompor uma perturbação ou desorganização provocada por agente exterior).
Recordemos os trabalhos de Hahnemann e seus precursores, Paracelso e Van Helmont.
Paracelso: O semelhante cura o semelhante; um ser vivo doente é curado pela aplicação de substância que provoque os mesmos sintomas da doença quando esse indivíduo está são. Ou seja, existe um equilíbrio pré-existente no ser vivo que pode ser perturbado parcialmente pela doença, mas uma exacerbação dos sintomas da doença reforçam a reação natural do reequilíbrio (com minhas palavras).
Outra evidência da homeostase é a formação de vacina com base na inoculação do agente patogênico em um ser vivo
A pré-existência desses equilíbrio está claramente enunciada na citação de Van Helmont (vide Pierre Vanier - Homeopatia):
"...Van Helmont (1577-1644), (....) ataca o sistema de Galeno, (...), constrói depois uma teoria fisiológica onde encontramos esse bosquejo interessante, no qual toda alteração do equilíbrio fisiológico (do regulador fisiológico) pode acarretar uma alteração orgânica secundária, o que significa que a alteração da função antecede a alteração do órgão."
Ora, quando se diz função de um órgão entende-se que a função é propriedade, efeito e suscede ao órgão e certamente a problemas estruturais do órgão. Mas, se a alteração da função antecede à anteração do órgão, já não podemos mais considerar a função um efeito e sim uma causa! Ou seja a função é causa do órgão!!! É justo dizer que há uma estrutura superior ao órgão que determina sua estrutura e funcionamento e certamente pré existe ao órgão. É o que denominamos perispírito.
Ora, quando se diz função de um órgão entende-se que a função é propriedade, efeito e suscede ao órgão e certamente a problemas estruturais do órgão. Mas, se a alteração da função antecede à anteração do órgão, já não podemos mais considerar a função um efeito e sim uma causa! Ou seja a função é causa do órgão!!! É justo dizer que há uma estrutura superior ao órgão que determina sua estrutura e funcionamento e certamente pré existe ao órgão. É o que denominamos perispírito.
Esses fatos podem tranquilamente serem confirmados também pela leitura de Allan Kardec (Por exemplo - Livro dos Espíritos - influência do organismo).
Tal a razão por que se faz necessário levantar a hipótese da pré-existência de um Campo de Forças Vitais (já identificado por Hahnemann, seus precursores e continuadores), que traga em si não somente a força organizadora do ser vivo, mas também a própria organização do ser vivo, com suas células, tecidos, órgãos e sistemas.
Tal é o períspírito de Allan Kardec, associado ao fluido vital (como chamavam os antigos, nós preferimos - força vital).
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