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segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Dez bilhões de planetas semelhantes à Terra

https://canaltech.com.br/espaco/ha-cerca-de-10-bilhoes-de-planetas-semelhantes-a-terra-na-via-lactea-diz-estudo-147087/

Astrônomos têm encontrado alguns planetas que parecem ter água e temperatura superficial ideal para abrigar formas de vida, como é o caso dos mundos que orbitam as estrelas GJ 357 e os planetas da estrela Teegarden. Acontece que podem existir muito mais planetas parecidos com a Terra por aí, e aqui mesmo na nossa galáxia. Pesquisadores da Penn State University usaram dados do telescópio Kepler, da NASA, para estimar o número de planetas semelhantes à Terra na Via Láctea e a conclusão é que há um monte deles.

Publicado esta semana no The Astronomical Journal, o estudo sugere que há um planeta quente e aquoso orbitando uma em cada quatro estrelas semelhantes ao Sol. Isso significa que pode haver até 10 bilhões de mundos semelhantes à Terra em nossa galáxia. Se você estiver se perguntando o que significa "semelhante à Terra", a equipe definiu que se trata de um planeta que tem de três quartos a um e meio o tamanho da Terra, e quando ele orbita sua estrela a cada 237 a 500 dias.
Essa é uma informação muito animadora para a busca por vida alienígena, já que espera-se encontrá-la em lugares com temperatura semelhante à nossa e água em forma líquida. Também é uma descoberta importante porque ajuda os astrônomos a saberem onde procurar, o que poupará tempo e recursos. "Receberemos muito mais retorno do investimento se soubermos quando e onde procurar", disse Eric Ford, professor de astrofísica e co-autor do novo estudo.
“O Kepler descobriu planetas com uma ampla variedade de tamanhos, composições e órbitas”, disse Ford. “Entretanto, simplesmente contar exoplanetas de um determinado tamanho orbital ou distância é enganoso, já que é muito mais difícil encontrar pequenos planetas longe de suas estrelas do que encontrar grandes planetas perto de suas estrelas”.
Para estimar quantos planetas o Kepler poderia ter perdido, os pesquisadores simularam em computador hipotéticos universos de estrelas e planetas, baseados em uma combinação do catálogo de Kepler, além do catélogo da pesquisa das estrelas de nossa galáxia da nave Gaia, da Agência Espacial Européia.
A simulação deu aos cientistas uma noção de quantos exoplanetas em cada universo hipotético o Kepler teria detectado e quais tipos. Eles puderam então comparar esses dados com o que o telescópio Kepler real detectou em nosso universo, e assim estimar a quantidade de planetas do tamanho da Terra orbitam nas zonas habitáveis de suas estrelas.
“Ao comparar os resultados com os planetas catalogados pelo Kepler, caracterizamos a taxa de planetas por estrela e a forma com que isso depende do tamanho do planeta e da distância orbital”, disse Danley Hsu, um estudante de pós-graduação da Penn State e co-autor do trabalho. “Nossa nova abordagem permitiu que a equipe levasse em conta vários efeitos que não foram incluídos em estudos anteriores”.
O próximo passo na busca por vida alienígena é estudar planetas potencialmente habitáveis. "Os cientistas estão particularmente interessados ​​em procurar biomarcadores - moléculas indicativas de vida - nas atmosferas dos planetas aproximadamente do tamanho da Terra", disse Ford

sábado, 20 de julho de 2019

Estudo da intuição na elaboração de hipóteses científicas

Elaboração de teorias científicas: observação de regularidades em fatos, elaboração de hipótese explicativa, comparação com observações ou provocação (experimentação) dos mesmos ou de novos fatos relacionados ao tema, hipótese comprovada = teoria científica, admissão de a teoria ser representação de leis pré-existentes na natureza.(comparar com aula de epistemologia). Previsão de fatos observados apenas posteriormente (elevado êxito na formulação de hipóteses).

Observação de regularidades em fatos 
- deve existir disposições inatas no indivíduo observador que chame atenção para registro e catalogação de certos fatos naturais.

elaboração de hipótese explicativa. Há hipóteses:

  1. que resultam, após os devidos testes, em teorias muito bem sucedidas. 
  2. que os fatos desmentem e 
  3. outras que conduzem a pesquisas que acabam por revelar realidades não consideradas na hipótese.

O papel da intuição na formulação da hipótese. O que é intuição? Como funciona? Poderíamos controla-la? Poderíamos desenvolvê-la? Porque algumas hipóteses são tão bem-sucedidas e outras se mostram completamente equivocadas? e algumas vezes ambas as modalidades, bem sucedidas e fracassados, provêm do mesmo indivíduo. (A DESENVOLVER) (exemplos de Einstein e Ramanuja)

comparação com observações ou provocação (experimentação) dos mesmos ou de novos fatos relacionados ao tema -  a verificação da aderência da ideia hipotética aos fatos é de suma importância porque convalida ou invalida a hipótese. 

hipótese comprovada = teoria científica, caso a hipótese seja confirmada pelo estudo dos fatos, a hipótese torna-se teoria científica.

comparação com teorias científicas relacionadas direta ou indiretamente aos fenômenos estudados comparar a teoria científica nova com outras teorias relacionadas, fortalece a teoria nova ou ajuda à melhor elaboração desta.

admissão de a teoria ser representação de leis pré-existentes na natureza. Uma vez constatada a aderência da hipótese aos fatos e portanto à conversão da hipótese em teoria científica, admite-se que tal teoria é uma representação válida das leis naturais pré-existentes até então desconhecidas. Admitir leis naturais pré-existentes ao conhecimento humano, nos leva a concluir que tais leis foram formuladas por uma inteligência diferente da inteligência humana.

(comparar com aula de epistemologia). 

Previsão de fatos observados apenas posteriormente (elevado êxito na formulação de hipóteses). Uma vez estabelecida a teoria e com o auxílio desta, faz-se, muitas vezes, previsão de fatos ainda não observados (Mendeleev). A constatação posterior desses fatos, reforça a conclusão de validade da teoria. 

Se eventualmente a teoria elaborada e confirmada anteriormente for contraditada com outros fatos inicialmente não considerados, a teoria precisa ser substituída ou melhor elaborada. 

Quando a teoria para explicação de fatos novos precisa apenas de ajustes ou generalizações  para tornar-se mais abrangente e abrigar os fatos novos, dizemos que tal teoria está estável.
Dizemos também que tal teoria é uma boa representação das leis naturais.

Assim uma teoria válida explica o conjunto de todos os fatos conhecidos.

Papel da matemática na descrição da teoria científica - grau de aderência da teoria científica às leis matemáticas. Por que esta aderência apresenta-se, em alguns casos, em elevado nível? Esta situação, muitas vezes conduz a previsão de elevado número de fatos. A grande aderência da teoria científica à matemática e aos fatos nos leva a pensar o seguinte: 

  1. a teoria está muito próxima da Lei natural pré-existente;
  2. a teoria está muito aderente às leis naturais;
  3. As leis naturais tem natureza abstrata e a matemática também é abstrata. 
  4. As leis regem os fenômenos 

Donde concluímos que a realidade abstrata domina os fatos materiais.

O elevado êxito na utilização da matemática nas ciências físicas conduziu a tentativa de matematizar fenômenos, pelo menos em nossa percepção, probabilísticos. 

Tal se verifica amplamente nas ciências humanas, onde a vontade e as decisões do homem ou das coletividades são dependentes da liberdade própria dos fatos estudados.

Consideramos contudo as Ciências humanas como parte da natureza que também seriam ciências naturais (afinal o ser humano faz parte da natureza) e assim admitimos haver também nos fenômenos humanos, leis preexistentes.

Há ainda ciências cuja utilização de estatísticas apresenta-se bastante complexa e até mesmo inviável nos dias atuais. Tal por exemplo o estudo da Ciência do Direito.

Entendemos que o maior conhecimento da intuição, que está inclusive na base do solidíssimo conhecimento matemático (axiomas), nos levará ao domínio de realidades que não precisam ser expressas matematicamente mas que deverão ser consideradas muito sólidas e válidas científicamente.

Método científico: analítico, sintético, dedutivo, indutivo, racional, experimental, de inferência analógica, estatístico, filosófico.

quinta-feira, 21 de março de 2019

A metafísica da vida


Há um autor, Hal Hellman, do livro Grandes Debates da Ciência que nos traz informações interessantes a respeito de disputas de ideias no âmbito científico.

O livro, traduzido para o português por José Oscar de Almeida Marques, foi publicado pela editora Unesp.

Alguns poderiam argumentar que esse escritor, Hal Hellman, poderia ser um divulgador de pseudociência. Não é o que se dá contudo; o conteúdo do seu livro é genuinamente científico e tem muitos capítulos em que ele combate a pseudociência e combate também ideias com colorido científico mas que no fundo pretendem defender dogmas religiosos sem fundamento científico.

No capítulo 4, intitulado "Voltaire contra Needham" fala sobre um debate a respeito do tema “Geração Espontânea”.

Colho o seguinte trecho bastante interessante deste capítulo:

“A posição vitalista - como exposta por Leibniz, por exemplo - é que as partículas da matéria viva são de alguma forma diferentes intrinsecamente das matérias da matéria não viva. Os mecanicistas declaram que a matéria é matéria e que os fenômenos da vida podem ser explicados em termos de como as partículas estão arranjadas.

Qual dos dois lados tem razão? Não estamos hoje em condições muito melhores para decidir essa questão do que estavam os filósofos e cientistas da época de Leibniz. Embora tratar coisas vivas como se fossem máquinas tenha sido extremamente útil para pesquisa, pode ser que abordagem vitalista, mais metafísica, seja necessária para nos levar mais adiante em nossa compreensão da vida.

O trabalho Needham sugere, no mínimo, que as atividades vitais, de algum modo, vêm de dentro e não de fora, o que foi uma maneira muito boa de começar. Em adição, a ideia de um modo interno (o moule intérieur) não é uma má descrição preliminar do trabalho desempenhado pelo DNA.

Essa não é uma ideia isolada no mundo científico. Sheldrake Rupert, Doutor em biologia pela tradicional Universidade de Cambridge, percebeu claramente quê a matéria por si só não é suficiente para explicar a vida, sua dinâmica e estrutura:



sexta-feira, 15 de março de 2019

Composição química atmosférica indicativa de vida extraterrestre


Na tentativa de descobrir a existência da vida extraterrestre, ou, ao menos, a habitabilidade de exoplanetas, astrônomos costumam analisar uma série de dados, incluindo sua posição em seu sistema estelar (a chamada "zona habitável"), bem como indícios de água no estado líquido e composição da superfície planetária.

Só que essa missão fica um pouco mais complicada quando esses planetas estão muito distantes da Terra, a milhares e milhares de anos-luz. Mas, agora, uma equipe de pesquisadores publicou um estudo no Science Advances explicando uma maneira mais eficiente de detectar a vida extraterrestre em planetas extremamente distantes, simplesmente analisando os gases de sua composição.
No documento, Joshya Krissansen-Totton, da Universidade de Washington, sugere que basta procurar por misturas específicas de substâncias na atmosfera dos planetas para suspeitar que ali haja algum tipo de vida. Ao analisar meticulosamente várias misturas de gases na atmosfera terrestre, a equipe acredita que é possível comparar a mistura de gases em outras atmosferas para indicar a presença de vida

"É muito difícil produzir muito oxigênio sem vida", explicou o cientista. "Mesmo que a vida seja comum no cosmos, não temos ideia se ali existirá vida que produza oxigênio, pois a bioquímica da produção de oxigênio é muito complexa e pode ser bastante rara", declarou. Com isso em mente, a ideia é que planetas sem vida terão em suas atmosferas misturas previsíveis de gases, mas se detectarmos um planeta onde os gases estejam em desequilíbrio, esse pode ser um indício da existência de vida, ainda que muito diferente da terrestre.
Entre os desequilíbrios específicos já previstos pelos cientistas, está a presença de metano e dióxido de carbono, mas com ausência de monóxido de carbono. Esse seria um cenário indicativo de algum tipo de vida no planeta em questão.

Fonte: BGR


Esse artigo foi transcrito de:

https://canaltech.com.br/espaco/cientistas-ja-sabem-como-detectar-vida-alienigena-em-planetas-muito-distantes-107212/

Exoplanetas: planetas não pertencentes ao nosso sistema solar.



quarta-feira, 13 de março de 2019

Espectroscopia e novos rumos da Astrobiologia

A detecção de exoplanetas, que marcou a era Telescópio Kepler representa uma importantíssima prévia da gênese da Astrobiologia. Precisamos admitir, entretanto, que tais descobertas, sugerem a possibilidade de vida extraterrestre, porém não saem dos limites da Astronomia.
As recentes considerações a respeito da composição química atmosférica dos planetas que evidenciam uma atividade equilíbrio consideravelmente diferente do que poderíamos esperar da realidade física e química bem como a recente invenção do Treepol pelo pelo biólogo holandês Lucas Patty, da Universidade Livre de Amsterdã, parecem indicar que estamos assistindo ao nascimento da ciência astrobiológica.

Já é muito conhecido o grande alcance que os espectroscópios possuem. Eles nos fornecem informações a respeito da composição química de corpos celestes situados a imensas distâncias.

A possível indentificação de composições do tipo a presença de metano e dióxido de carbono, mas com ausência de monóxido de carbono é forte indício da existência de vida qual a conhecemos. Da mesma forma a existência da assimetria molecular conhecida como quilaridade constitui-se em forte indício a existência de vida vegetal.






sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

QUIRALIDADE - possibilidade de detecção de vida vegetal em outros planetas


Não é fácil procurar sinais que indiquem vida em outros planetas. Até porque os astros com mais chance de abrigar vida ficam em outros sistemas solares; são exoplanetas a anos-luz de distância. Astrobiologia é o nome da ciência que se encarrega de tais buscas. Elas consistem, basicamente, de análises no espectro da luz estelar que passa por esses objetos — e pode revelar indícios de seres vivos.
Elementos como oxigênio, metano e água são tidos como bons marcadores de atividade biológica. Mas um pesquisador holandês acaba de publicar uma nova técnica que os especialistas já consideram bastante promissora aos esforços para localizar vida alienígena. Pelo menos um dos reinos da vida: o vegetal.
Batizado de Treepol, o mecanismo desenvolvido pelo biólogo holandês Lucas Patty, da Universidade Livre de Amsterdã, identifica a marca que a estrutura molecular dos organismos vegetais deixa nos raios de luz que absorvem e refletem. Isso só é possível graças a uma certa propriedade química chamada quiralidade.
Ela é determinada pela configuração geométrica das moléculas — algumas pendem para a direita (e acabam chamadas de “destras”, naturalmente) e outras para a esquerda (as canhotas). Mas o que isso tem a ver com a busca por vida extraterrestre? Acontece que a quiralidade molecular dos vegetais provoca mudança bem específica nas ondas de luz – uma polarização em formato circular, em termos mais técnicos.
Isso, de acordo com Lucas Patty, constitui uma bioassinatura inequívoca. “Não há sinais assim produzidos por matéria não-viva”, escrevem os pesquisadores no artigo que será publicado no periódico Astrobiology.
A pesquisa começou a ser desenvolvida no laboratório em 2015, quando Patty analisou com seu espectropolarímetro a luz refletida por folhas de hera e ficus. Na etapa seguinte, levou seu Treepol para o telhado do prédio da universidade e apontou para a grama do campo de futebol logo ao lado. Tomou um susto — não havia nenhum sinal. “Fui até lá investigar e descobri que o time joga em grama artificial!”, explicou, visivelmente aliviado.
Nos testes, o dispositivo identificou com sucesso a luz polarizada circularmente por vegetais a quilômetros de distância. O próximo passo é rastrear a luz das estrelas. Parte da luz que elas emitem passa pelos planetas que orbitam cada uma delas. Se a algum desses planetas tiver vegetais, ele produzirá a tal polarização específica. E teríamos uma evidência da presença de vida ali. Se tudo der certo, então, o primeiro “contato” da humanidade com uma forma de vida alienígena será com vegetais.




domingo, 10 de fevereiro de 2019

A pluralidade dos mundos habitados é um conceito complementar ao conceito de imortalidade da alma

Existe uma afirmativa do astrônomo espírita Camille Flammarion semelhante ao título desse artigo. Não sei onde está essa afirmação dele, contudo se procurarmos em suas obras vamos encontrá-la.

Eu tratava este pensamento como algo interessante, mas de pouca importância, até que duas coisas me chamaram a atenção: revisão do resultado obtido com a Equação de Drake. (.https://pt.wikipedia.org/wiki/Equa%C3%A7%C3%A3o_de_Drake) e a existência de pessoas que, surpreendentemente para mim, afirmam enfaticamente que não há vida em outra parte do Universo.

A equação de Drake

Trata-se do calculo de probabilidade da existência de vida inteligente em nossa galáxia. Essa sentença matemática carrega um grande número de suposições cuja possibilidade de verificação ainda está muito fora do alcance da ciência.

A existência de algumas variáveis altamente especulativas é um indicativo de nossa percepção da imensa ignorância humana concernente a esses temas. A evolução recente vem conferindo um pouco mais de objetividade aos seus pressupostos, entretanto, ainda restam grandes incertezas associadas aos componentes desta equação.

Em abordagem da versão mais recente da equação de Drake fornece uma probabilidade de 10% de existência de vida inteligente em nossa galáxia.(https://canaltech.com.br/espaco/a-equacao-de-drake-ja-nao-serve-mais-mas-ha-uma-possivel-correcao-111334/).

A existência de pessoas que, surpreendentemente para mim, afirmam enfaticamente que não há vida em outra parte do Universo.

Outro ponto que me levou a valorizar mais afirmativa de Flammarion foi conhecer algumas pessoas que afirmam enfaticamente que não há vida extraterrestre. Dentre essas pessoas algumas há que são muito competentes e conhecedores das ciências naturais.

Causa espécie essa convicção tão firme dessas pessoas se confrontarmos tal opinião com os pareceres e opiniões dominantes inclusive no mundo científico.

Atualmente, os homens de ciência vem aderindo progressivamente à ideia da possibilidade de vida em outros planetas e até de vida inteligente extraterrestre. Essa posição pode ser percebida em uma rápida análise da Equação de Drake.

A adesão desta opinião ainda cresce mais quando nos propomos a flexibilizar o conceito de vida e imaginar a possibilidade de existência outros paradigmas biológicos diferentes dos que conhecemos.

Tais reflexões levaram Inclusive a homens de ciência afirmar que a existência de vida em outros mundos não é mais uma probabilidade é uma certeza, e encontrá-la é apenas uma questão de tempo.

Ainda uma vez o que leva uma pessoa esclarecida a afirmar convictamente que não há vida, ou vida inteligente fora do nosso planeta?

Antes de mais nada, entendemos que tanto aqueles que admitem grande probabilidade de existência de vida inteligente fora do planeta quanto aqueles outros que afirmam com convicção que as vidas extraterrestres não existem, adota em suas reflexões o paradigma materialista. Quando falamos em Paradigma materialista não estamos afirmando que eles pessoalmente sejam materialistas mas que eles adotam esse pressuposto em suas reflexões.

Talvez esses mesmos cientistas sejam espiritualistas, contudo certamente a visão que eles têm de alma limita-se à concepção de alma humana que sobrevive após a morte nada mais. Essa limitação inclusive provavelmente prevaleça também pelo conceito que possuem de uma alma sobrenatural que não participa e não interage com nosso mundo e com os fenômenos naturais.

Um fato no meio dessas observações que se patenteia é os que não admitem a probabilidade de vida inteligente fora do planeta Terra certamente se fundamentam na improbabilidade que também há na terra de ter surgido vida e evoluído até a condição de vida inteligente.

De fato, se procurarmos entender apenas com as leis físicas químicas e físico-químicas como as substâncias orgânicas quais aminoácidos e ácidos nucleicos organizaram-se para dar início à simples Vida bacteriana, concluiremos que a vida na Terra é um feliz acaso (digo que, sob o paradigma materialista, é um acaso infinitamente feliz). Além disso, se refletirmos sobre os fatos vinculados à vida, nascimento, crescimento e morte, bem como sobre as características inerentes à vida, quais sejam homeostase, morfogênese, evolução ante as grandes adversidades enfrentadas ao longo dessa evolução concluiremos que a vida inteligente é estatisticamente impossível.

E essa improbabilidade é tão grande que se admitirmos a existência de um trilhão de planetas rochosos em nossa galáxia tal número é francamente insuficiente para compensar a  improbabilidade de que tratamos.

        Donde se conclui

Temos, assim explicadas as causas da diferença de opiniões de que tratamos:

A) os que acreditam que há grande probabilidade de existir vida inteligente em nossa Galáxia, consideram a imensidade desta Galáxia e a enorme quantidade de astros, inclusive de prováveis planetas rochosos. Essas pessoas cometem o equívoco comum de excluírem o CFV – Campo de Forças Vitais, mas ainda não pararam para refletirem sobre a improbabilidade da vida num contexto materialista.

Ou seja a equação de Drake está considerando,  mesmo num contexto materialista, que a vida é algo natural, muito provável de desenvolver-se nos mais diferentes ambientes, que surgirá em diversas partes do universo sem grandes complicações.

Essas pessoas que participaram da elaboração da equação estão prestando mais atenção ao macrocosmo do que aos processos de surgimento e evolução da vida.

Ou seja, eles admitem que o simples fato de haver planetas rochosos haverá necessariamente vida e vida inteligente. Acreditam, que naqueles planetas mais cedo ouu  mais tarde a  vida surgirá. A visão deles é predominantemente astrônomica.

B) Os que negam a existência de vida ou vida inteligente na Galáxia. A visão deles é, sem dúvida predominantemente biológica. Não deixam de ter razão afinal, segundo eles e sua falta de percepção do CFV – Campo de Forças Vitais, a vida não deveria não poderia ter surgido na Terra e mesmo contra essa imensa cadeia de eventos radicalmente contrários à vida, mesmo contra todas as indicações das propriedades da matéria, a vida surgiu, evoluiu e pravaleceu.

Se esse ponto de vista, que sob o contexto materialista, é justo, for considerado na equação de Drake certamente o resultado será um número tão baixo de probabilidade de haver vida além da Terra que nós vamos dizer com convicção que não existe vida inteligente em nossa galáxia.

Mas se essa vida inteligente aparecer? Se nós nos depararmos com sinais inequívocos de inteligência em alguma parte de nossa galáxia e se esses sinais passarem a indicar que ao contrário das previsões materialistas há consideráveis números de planetas habitados por vida inteligente?

Seremos forçados a admitir que há um fator que não foi considerado na equação de Drake. Esse fator será descoberto e nos mostrará a origem das propriedades morfogenéticas funcionais homeostáticos e evolutivas da vida.

A hipótese que apresentamos aqui é que esse fator organizativo é o MOB – Modelo Organizador Biológico de Hernâni Guimarães Andrade. É o períspírito dos espíritas associado ao corpo etérico dos ocultistas, ou, como nós o designamos: campo de forças vitais CFV.