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domingo, 20 de junho de 2010

Morte das estrelas

Trata-se de um fenômeno titânico que envolve colossais quantidades de energia.

Há treze bilhões de anos, a matéria contida no Universo resumia-se, quase que absolutamente, aos gases Hidrogênio e Hélio. Com o passar do tempo, porções desses gases foram se concentrando aqui e ali. Essas aglomerações foram dotadas de grandes quantidades de energia. Surgiam as estrelas.

Durante a vida de uma estrela, entram em jogo duas forças contrárias que permanecem em equilíbrio: uma é derivada das fusões nucleares que ocorrem no centro da estrela, a outra é a força de gravidade.
As fusões nucleares tendem a expandir e a gravidade tende a contrair a estrela.

Inicialmente, no núcleo das estrelas, fornalhas de quase 15 milhões de graus, os átomos de hidrogênio se agitam e chocam-se com grande violência. Esses choques ocorrem com tamanha força que os núcleos dos hidrogênios se fundem, convertendo-se em hélio.

No caso do nosso Sol que é uma estrela anã, são fundidos aproximadamente setecentos milhões de toneladas de hidrogênio por segundo. Esse material se converte em algo em torno de seiscentos e noventa e cinco milhões de toneladas de Hélio. Durante essas reações, umas cinco milhões de toneladas de massa se transformam em energia. É uma grande quantidade de bombas H explodindo por segundo.

Tal é a origem das emissões energéticas em forma de luz e calor do astro rei. Sem essa energia nada em nosso mundo funcionaria, a vida, como a conhecemos seria impossível.

Um detalhe que impressiona é a manutenção do equilíbrio explosão versus gravidade durante bilhões de anos, em todos os pontos da estrela.

Nosso Sol mantém esse equilíbrio por mais ou menos cinco bilhões de anos e deve permanecer nessa condição por igual período.

O ser humano tenta aproveitar a energia das fusões nucleares mas não consegue produzi-la controladamente. Até o momento, o melhor que obtivemos foi controle de produção por frações de segundos, depois disso, tudo é simplesmente explosão.

Mas chega um belo dia em que o combustível original das estrelas, o hidrogênio se esgota e a força da gravidade prevalece. A estrela começa a se contrair. O núcleo, agora rico em hélio, recebe um grande aumento de pressão devida à contração da estrela. A temperatura sobe até 100 milhões de graus. Novas fusões nucleares se iniciam. O Hélio se converte em berilo, que fundido ao hélio se converte em carbono.

Nas estrelas maiores, as fusões prosseguem até ao ferro. Depois disso sob tensão gravitacional, as estrelas desabam enquanto o núcleo imensamente pressionado faz com que os elementos em seu interior se agitem de forma descomunal e a consequência é a explosão do núcleo. A massa em colapso choca-se violentamente com a onda esférica proveniente do interior. A temperatura atinge bilhões de graus. A estrela, durante alguns dias, emite mais energia do que o fez durante toda a sua existência. Outros elementos mais pesados do que o ferro são gerados.

Esse fenômeno se chama Supernova e pode durar algumas semanas. Se ocorrer nas proximidades de nossa galáxia, poderemos apreciar seu brilho em pleno dia.

A estrela morre; o Universo se enriquece com novos elementos. O Carbono está disponível para a formação da vida. O Silicio para formação dos planetas rochosos. As primeiras condições para o desenvolvimento da vida foram lançadas.

Veja imagem publicada pela UOL

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