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domingo, 28 de maio de 2017

Origem do homem na Terra - III

Religião científica


Diante desses fatos, seria de desejar que a Religião também utilizasse de métodos semelhantes senão dos mesmos métodos das ciências. Teríamos, desse modo, uma Religião científica. Os religiosos, entretanto, têm medo de aprofundar a questão com essas premissas por recearem que um método lógico, experimental, talvez até numérico, matemático, venha demonstrar que a religião está errada, que tudo o que se professa nas igrejas não passa de uma grande ilusão.

Provavelmente também uma abordagem dos temas espirituais por meios lógicos e experimentais poderia, se não resultasse na anulação de todos os princípios religiosos, demonstrar o equívoco de alguns desses princípios e que seriam considerados importantes pela fé.

Todas essas preocupações podem ser analisadas por um como teste, ou ensaio, um anteprojeto. Podem também ser verificadas por análises de trabalhos já desenvolvidos. Podem perguntar se tal trabalho existe. Respondo que sim: um trabalho considerável, abrangente, sólido e digno de toda a nossa atenção: O Espiritismo kardequiano.

O Espiritismo, doutrina espiritualista, filosofia fundada em fatos, na razão e que realiza constantes “cotejamentos”, conferências com os fatos positivos das ciências que possam relacionar-se com os temas por ele tratado, está muito bem elaborado e pode viabilizar uma previsão dos efeitos da abordagem científica da religião.

Em nossos grupos de estudos de O Livro dos Espíritos admitimos plena manifestação do pensamento dos participantes e respeitamos todas as idéias sejam elas de acordo ou divergentes dos ensinamentos do espiritismo. Procuramos evitar cair nas atitudes que criticamos em outras religiões (essas últimas não são científicas, mas dogmáticas), que adotam o dogma indiscutível e a imposição de crenças. Não impomos ideia alguma.

Não somente admitimos as ideias contrárias, como as respeitamos e afirmamos constantemente nos nossos encontros que todos os participantes estão convidados apenas a conhecer O Livro dos Espíritos e não a crerem nele. E nunca colocamos para os participantes que o Espiritismo é a verdade, mas dizemos que pode ser uma verdade. Mas que se é verdade ou não é verdade é algo que deve ser respondido por cada um após sérios e aprofundados estudos, incluindo aí estudos comparados com outras correntes filosóficas, religiosas e científicas.

Encaramos as objeções aos princípios do Espiritismo como processos que resultam em teste de consistência desses princípios e também testes acerca do nosso entendimento a respeito dessa doutrina.

Assim, com a doutrina espírita os temas espirituais e religiosos podem e devem ser abordados racionalmente podem e devem ser discutidos, contestados, comparados e sempre submetidos à apreciação do seu conteúdo do valor do que se afirma, do vigor e da validade dos seus argumentos.

Mantemos abertos, inclusive, refletindo a respeito dos argumentos das pessoas se esses argumentos porém forem mais fortes do que o Espiritismo, se esses argumentos contrários a doutrina foram baseados em fatos, nós modificamos a nossa crença naquele ponto que está sendo contraditório e adotamos aquele que se mostre de acordo com os fatos positivos da ciência e com a razão.

Um comentário:

  1. Bom Dia

    Isoláquio

    Ótimo trabalho.
    Mas acredito que o medo dos religiosos sejá falta de maturidade, e de algumas experimentações que os isole dos fatos e estudos precisos acerca da vida biológica.
    Mas eles já estão chegando na necessidade desta integração pois os eles já estão começando a se questionar.
    Mas excelente.

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