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domingo, 28 de maio de 2017

Origem do homem na Terra - IV



O homem primitivo
O tema origem do homem não é tema para religião pesquisar e sim para a ciência. Por isso nós apenas acompanhamos o desenvolvimento dos temas sem ter iniciativas de em nome da religião realizar pesquisas, embora pesquisemos o perispírito, suas funções, seu dinamismo e sua influência nos fenômenos psicológicos e biológicos.

No início desta série de artigos, reproduzimos a seguinte afirmativa dos espíritos:

“Poderemos conhecer a época do aparecimento do homem e dos outros seres vivos na Terra? Não; todos os vossos cálculos são quiméricos.

Considero essa afirmativa válida para o estado de arte da ciência do século XIX, não mais para a nossa época, tendo em conta os novos desenvolvimentos da ciência, particularmente dos novos métodos de datação desenvolvidos pela Física Nuclear.

A Física nuclear, desenvolvida no século XX, utiliza o ritmo da transmutação dos elementos como critério de datação, a conversão de isótopos mais pesados de um elemento para outros mais leves. Utiliza-se o critério da meia vida do Urânio 238, do Carbono 14 e confirma-se com resultados obtidos por diversas experiências neste setor.

Os conhecimentos da época de Kardec eram precários e insuficientes para obter uma datação confiável dos fenômenos ao longo do tempo geológico. Mas mesmo assim, é de admirar que ele entendeu essa limitação sob a orientação dos Espíritos

Com os avançados recursos atuais, a Paleontologia identificou a presença de hominídeos muito antigos, cuja existência ocorreu há milhões de anos. 


Um dos mais antigos, senão o mais antigo hominídeo o Ardipitecos ramidus deixou fósseis esqueléticos com mais de 4,4 milhões de anos. Alguns desses fósseis possuem indicações de que existiram há 5,8 milhões de anos. Essa espécie era provavelmente bípede e possuía capacidade craniana de 410 cm3








Outro hominídeo que colocado na sequência dessas citações também poderá oferecer uma visão evolutiva é o Australopitecus afarensis. O australopitecus comumente chamado Lucy, descoberto em 1974 na Tanzânia, possuía um cérebro de 450 cm3, um pouco maior do que o chimpanzé moderno, surgiu entre 3,8 e 3,5 milhões de anos.






Há descobertas de fósseis na Tanzânia que mostram a presença de uma espécie que foi denominada homo habilis. As datações indicam que essa espécie teria vivido há aproximadamente 2,2 milhões de anos. Dentre os hominídeos, esta é a espécie que menos parece com o homo sapiens de braços muito mais longos e cavidade craniana menor. Recebeu esse nome devido a acreditar-se ser este o primeiro a utilizar-se de ferramentas de pedra lascada.



O homo erectus viveu entre 1,8 milhões e 300.000 anos atrás. Com um volume craniano 50% maior do que seu ancestral homo habilis, Seus fósseis datam de 1,5 milhões de anos e foram encontrados principalmente na África e em Java. Utilizavam ferramentas mais elaboradas do que as utilizadas pelo homo habilis, como machado de mão, por exemplo.




Entre 350.000 e 29.000 anos, observa-se a presença de um tipo muito mais evoluído, cuja capacidade encefálica variava de 1,3 a 1,7 litros. Teria vivido entre a Europa oriental e as regiões mais ocidentais da Ásia. Considerado uma subespécie de Homo sapiens.

Esse tipo é conhecido como homem de Neanderthal.



O elo evolutivo seguinte é o homem atual.



TEMPO ÉPOCA GEOLÓGICA ESPÉCIE CARACTERÍSTICA
ATUAL – 200 mil anos – estrutura – 50 mil anos capacidade humana Plistoceno Homo sapiens Humanos
Há 350 mil anos Neanderthal Primeiras roupas
HÁ UM MILHÃO DE ANOS


Homo erectus Primeiro cozimento

Uso do fogo
HÁ DOIS MILHÕES DE ANOS Plioceno
Saída da África

Homo habilis

HÁ TRÊS MILHÕES DE ANOS Idade da Pedra

Australopitecus
HÁ QUATRO MILHÕES DE ANOS

Ardipitecus Bípede


HÁ CINCO MILHÕES DE ANOS Hominidade
HÁ SEIS MILHÕES DE ANOS Mioceno Orrorin
HÁ SETE MILHÕES DE ANOS Sahelanthropus Possivelmente bípede
HÁ NOVE MILHÕES DE ANOS Ouranopithecus




Ante as constatações da Ciência e o fato de o Espiritismo procurar conformar-se com esta, seguir-se-ia que somos contrários a Bíblia? Não. Nós espíritas não somos contrários a Bíblia e aos seus ensinamentos apenas entendemos que os ensinamentos Morais da Bíblia devem ser seguidos. Mas onde existe contradição é preciso aprofundar o tema e muitas vezes enveredar pelo recurso da interpretação do entendimento, do simbolismo, do significado desse simbolismo

Reflitamos um pouco sobre a existência desses hominídeos. Essas espécies intermediárias entre o chimpanzé e o homem estão todas extintas.

Dar-se-ía entretanto que a evolução de um chimpanzé não poderia mais ocorrer por falta de espécies imediatamente mais evoluídas?

Não o cremos. Dizemos que todos os seres vivos inclusive os hominídeos primitivos são essencialmente constituídos por um campo de forças vitais ou por um períspirito agregado à força vital e que se constitui nas matrizes biológicas daquela espécie e no estado evolutivo alcançado.

Essas matrizes transdimensionais existem em algum lugar do Universo certamente em outras dimensões e também unidas a corpos em planetas mais primitivos.

Esse pensamento não é meramente especulativo. Experiências espíritas nos levam a entender desta forma.

No próximo artigo descreveremos interessante fenômeno de ectoplasmia, ou como se chama comumente, de materialização.

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