O
homem primitivo
O
tema origem do homem não é tema para religião pesquisar e sim para
a ciência. Por isso nós apenas acompanhamos o desenvolvimento dos
temas sem ter iniciativas de em nome da religião realizar pesquisas,
embora pesquisemos o perispírito, suas funções, seu dinamismo e
sua influência nos fenômenos psicológicos e biológicos.
No início desta série de artigos, reproduzimos a seguinte afirmativa dos espíritos:
“Poderemos
conhecer a época do aparecimento do homem e dos outros seres vivos
na Terra? Não; todos os vossos cálculos são quiméricos.”
Considero
essa afirmativa válida para o estado de arte da ciência do século
XIX, não mais para a nossa época, tendo em conta os novos
desenvolvimentos da ciência, particularmente dos novos métodos de
datação desenvolvidos pela Física Nuclear.
A
Física nuclear, desenvolvida no século XX, utiliza o ritmo da
transmutação dos elementos como critério de datação, a conversão
de isótopos mais pesados de um elemento para outros mais leves.
Utiliza-se o critério da meia vida do Urânio 238, do Carbono 14 e
confirma-se com resultados obtidos por diversas experiências neste
setor.
Os conhecimentos da época de Kardec eram precários e insuficientes para obter uma datação confiável dos fenômenos ao longo do tempo geológico. Mas mesmo assim, é de admirar que ele entendeu essa limitação sob a orientação dos Espíritos
Com
os avançados recursos atuais, a Paleontologia identificou a presença
de hominídeos muito antigos, cuja existência ocorreu há milhões
de anos.
Um
dos mais antigos, senão o mais antigo hominídeo o Ardipitecos
ramidus deixou fósseis esqueléticos com mais de 4,4 milhões de
anos. Alguns desses fósseis possuem indicações de que existiram há
5,8 milhões de anos. Essa espécie era provavelmente bípede e
possuía capacidade craniana de 410 cm3
Outro
hominídeo que colocado na sequência dessas citações também
poderá oferecer uma visão evolutiva é o Australopitecus
afarensis. O australopitecus comumente chamado Lucy,
descoberto em 1974 na Tanzânia, possuía um cérebro de 450 cm3, um
pouco maior do que o chimpanzé moderno, surgiu entre 3,8 e 3,5
milhões de anos.
Há
descobertas de fósseis na Tanzânia que mostram a presença de uma
espécie que foi denominada homo habilis. As datações
indicam que essa espécie teria vivido há aproximadamente 2,2
milhões de anos. Dentre os hominídeos, esta é a espécie que menos
parece com o homo sapiens de braços muito mais longos e
cavidade craniana menor. Recebeu esse nome devido a acreditar-se ser
este o primeiro a utilizar-se de ferramentas de pedra lascada.
O
homo erectus viveu entre 1,8 milhões e 300.000 anos atrás.
Com um volume craniano 50% maior do que seu ancestral homo
habilis, Seus fósseis datam de 1,5 milhões de anos e foram
encontrados principalmente na África e em Java. Utilizavam
ferramentas mais elaboradas do que as utilizadas pelo homo
habilis, como machado de mão, por exemplo.
Entre
350.000 e 29.000 anos, observa-se a presença de um tipo muito mais
evoluído, cuja capacidade encefálica variava de 1,3 a 1,7 litros.
Teria vivido entre a Europa oriental e as regiões mais ocidentais da
Ásia. Considerado uma subespécie de Homo sapiens.
Esse
tipo é conhecido como homem de Neanderthal.
O
elo evolutivo seguinte é o homem atual.
TEMPO | ÉPOCA GEOLÓGICA | ESPÉCIE | CARACTERÍSTICA |
ATUAL – 200 mil anos – estrutura – 50 mil anos capacidade humana | Plistoceno | Homo sapiens | Humanos |
Há 350 mil anos | Neanderthal | Primeiras roupas | |
HÁ UM MILHÃO DE ANOS | |||
Homo erectus | Primeiro cozimento | ||
Uso do fogo | |||
HÁ DOIS MILHÕES DE ANOS | Plioceno | Saída da África | |
Homo habilis | |||
HÁ TRÊS MILHÕES DE ANOS | Idade da Pedra | ||
Australopitecus | |||
HÁ QUATRO MILHÕES DE ANOS | |||
Ardipitecus | Bípede | ||
HÁ CINCO MILHÕES DE ANOS | Hominidade | ||
HÁ SEIS MILHÕES DE ANOS | Mioceno | Orrorin | |
HÁ SETE MILHÕES DE ANOS | Sahelanthropus | Possivelmente bípede | |
HÁ NOVE MILHÕES DE ANOS | Ouranopithecus |
Ante
as constatações da Ciência e o fato de o Espiritismo procurar
conformar-se com esta, seguir-se-ia que somos contrários a Bíblia?
Não. Nós espíritas não somos contrários a Bíblia e aos seus
ensinamentos apenas entendemos que os ensinamentos Morais da Bíblia
devem ser seguidos. Mas onde existe contradição é preciso
aprofundar o tema e muitas vezes enveredar pelo recurso da
interpretação do entendimento, do simbolismo, do significado desse
simbolismo
Reflitamos
um pouco sobre a existência desses hominídeos. Essas espécies
intermediárias entre o chimpanzé e o homem estão todas extintas.
Dar-se-ía
entretanto que a evolução de um chimpanzé não poderia mais
ocorrer por falta de espécies imediatamente mais evoluídas?
Não
o cremos. Dizemos que todos os seres vivos inclusive os hominídeos
primitivos são essencialmente constituídos por um campo de forças
vitais ou por um períspirito agregado à força vital e que se
constitui nas matrizes biológicas daquela espécie e no estado
evolutivo alcançado.
Essas
matrizes transdimensionais existem em algum lugar do Universo
certamente em outras dimensões e também unidas a corpos em planetas
mais primitivos.
Esse
pensamento não é meramente especulativo. Experiências espíritas
nos levam a entender desta forma.
No próximo artigo descreveremos interessante fenômeno de
ectoplasmia, ou como se chama comumente, de materialização.
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